sempre há outras palavras. na calçada, uma caneca preta. na fala, uma dose certa. na espera, uma saudade de casa.
sábado, 20 de setembro de 2008
entre outros contos
Alguém abre um livro. Depois de ver a capa. O título. O nome do autor. Não reconhece porque não se conhece sobre qualquer formato aqui. Procura algo novo. Mas, é tudo igual. Não encontra. E há um triz de desistência. Mas alguém intrigado pergunta “o que há com você?” Hesita. Critica as formas. A falta de alguma fama. A trama que leva você comprar o livro. Paga algum dinheiro por ele. Sai da livraria. Depois chega em casa. E algo incomoda. Talvez a porta fechada. O calor. A ausência de brisa. Mas não é. Não é qualquer coisa fácil. Pálido como a luz do dia. Como respirar e não notar que se respira. Alguém escrevera um livro por algum motivo. E alguns. Nem se nota ali depois das horas. Senta-se sobre o sofá. Cama. Chão. Sobre o muro. E talvez não caia. Fique mesmo no mesmo lugar. Depois de tê-lo em mãos. Tão insignificante. Ande! Investigue qualquer coisa: projeto gráfico, traços comuns que se têm em qualquer outro livro, mas não pense que ignorar assim é capaz de diminuir qualquer coisa, porque não é. Também é uma reação e contrária. Deixe-o para as traças comerem. Seja egoísta. Tenha-o pelo prazer de tê-lo. Não diga pra ninguém. Nem xingue. Fique calmo. Qualquer palavra exaltada é perigosa. E não faça perguntas. Alguma pergunta não tem resposta, pode realizar. Ser alguma questão descompromissada com o que vem a ser comentado. Mas você não esqueceu. E isso incomoda. E incomodaria mesmo que não tivesse o trazido pra casa. Agora depois de sabê-lo é tarde demais. Então você pega-o, dentém-o na mão. E começa vê as suas formas. E lê o primeiro conto entre outros contos:
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