sábado, 23 de julho de 2011

amy

foi uma lágrima congelada no olhar. foi a amy. deprimente. ausente dela mesma. eita amy. volta amy. fica em casa. canta para a gente dormir. mas ela não dorme. não dorme. nem torce por ninguém. e vejo a lágrima congelada no olhar. e quero não ver a amy. alcoolizada. drogada. vestida de prada. despenteada. e voz inalterada. eita voz amy. eita voz. e nós o que faremos quando se for numa dessas noites de overdose?

Texto criado em 01/06/2008
adeus amy, sua música e voz vão ficar para sempre em nossos poros.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

minha metade à porta

meu sorriso bate à porta. é essa metade que quer andar descalça sobre a grama. meu sorriso bate à porta. é minha metade que quer entrar. derrama a minha saudade de quando era criança. derrama a minha metade no repouso das minhas chamas. e meu perigo bate à porta. na contagem regressiva de voltar pra casa. pra infância da minha saudade. depois de sussurrar as lembranças por toda a parte. dilacerar minhas cantigas. antigas. vestidas de sol.

sábado, 2 de julho de 2011

estou de 7 meses

estou de 7 meses. nas vezes de não voltar. sopram todos os frios pela janela adentro. mercedes não quer chegar. ela ri da palavra. da calçada sonora. evapora o seu beijo no ar. e não se conteve mercedes, não se deteve no olhar.

no rio, estou de 7 meses. mas teve quem me quisesse mais. na lembrança doce do sorriso quente. perdi as vezes. às vezes é que mercedes adormece, me aquece, permanece na sala de casa. desaba o teto solar.