terça-feira, 23 de setembro de 2008

apenas corro pra varanda ver

Tapei os ouvidos para não ouvir você arrumar as malas. Inundei os olhos para não ver você submergir e partir. E não fiz mais mesmo que aceitar: o descaso. O auto de mim se desvanecer. E ouvi blunt. E chorei pouco. E fui embora pra cama sozinho. E dormi metade do que costumo. Não fumo. Não encho a cara. Apenas corro pra varanda ver: erros, acertos, seu vazio na sala, no quarto, no banheiro, na cozinha, na hora de dizer estou chegando.

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