domingo, 20 de fevereiro de 2011

não sou apenas abstrato

não me cuide. me descuide para que eu mereça seu conforto de lábios. escrevo quando estou são, quando me enriqueço de letras. você quer me sentir como quem deita e fecha os olhos, como quem entra e aquece os poros ou como quem come e engole tudo de vez? os três não valem, não cabem no bolso. mas se você estiver solto para amar, posso arrumar um bolsão de ar pra vc respirar mais ar e me encontrar.

posso ser um feliz aos braços. laços, laços, laços. você sabe dar um laço? e vc me laça? ou passa a vontade? ou ata a vontade pra nunca mais passar? impasse. impasse. aceita ou passa? se passo, você descalço voa para outros paraísos. não que eu prefira que fique, mas a vontade é de descalçar e ir ao voo com você. então, eu não passo a noite toda acordado. eu passo no encanto do lado direito do quarto, na cama. se prefere o esquerdo, eu te laço. se o direito, te peço um abraço para você ficar do mesmo lado. viu que não posso sumir quando não sou apenas abstrato?

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