sempre há outras palavras. na calçada, uma caneca preta. na fala, uma dose certa. na espera, uma saudade de casa.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
dias incertos
só na caneca preta tomo coragem. meu leite e meu chocolate quente. sempre na agonia de ser completo por inteiro. outra manhã fria de sol põe no lençol uma saudade de uma caneca cheia de palavras. e na caneca preta também tomo um silêncio profundo. é esse mundo inconsolável. só na caneca preta tomo colágeno. meu chá de cidreira e meu solvente quente. sempre na melancolia de uma infância que não é presente. é outra quinta-feira fria de outono-inverno. só na caneca preta a minha veia espreita sua overdose. minha osmose datada e as minhas vozes noturnas nesses dias incertos.
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