sempre há outras palavras. na calçada, uma caneca preta. na fala, uma dose certa. na espera, uma saudade de casa.
domingo, 2 de janeiro de 2011
doces da vovó
não tenho doces da vovó. nem closes em fotos. nem toco sua pele. não tenho vozes da vovó. nem cheiro. nem veio me buscar no meu aniversário. mas fui presente. lembrança ausente. vóz estridente ao telefone. não some, neguinho. não come bombom à noite. avisa pra todo mundo que me lembro e sinto falta. não falta quando chegar. me liga pra te encontrar. porque estou certa de que as portas estão abertas para você entrar. no rio, chove entre aqui e o mar.
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